livre em sua infância é uma caçadora de restos, mínimos, formas inusitadas, furos, buracos, fendas, sons, movimentos de um louva Deus, filhotes dos seres, grunhidos por entre as dobras do escuro, esconderijos nos troncos das árvores, espelhos de um velho carro, pequenas latas, sapos mortos. 

 

Quando a matéria se apresenta, por mais insignificante que possa parecer, logo ela aciona um poder imaginador na criança e o mínimo, o ínfimo, a escória das coisas, o traste ganha aura de mundo, cosmo, inteireza, mistério, fascínio. Tudo se renova pela imaginação e seu dom de esperança e vitalidade.